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Como distinguir os diferentes tipos de vinhos

O vinho é, provavelmente, a bebida que faz parte da nossa cultura há mais tempo. “Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa”, já cantava a icónica Amália Rodrigues, transportando para a música uma realidade bem presente no nosso povo. Mas será que todos sabemos identificar os diferentes tipos de vinho?

Os vinhos distinguem-se pelas suas características principais e podem ser agrupados dependendo da casta, da fermentação e do envelhecimento, podendo ainda dividir-se em branco, tinto e rosé

  • Vinho Branco

Normalmente, o vinho branco é produzido a partir da fermentação de uvas sem pele. Ao contrário do que possa pensar, as uvas utilizadas na produção de um vinho branco não têm de ser obrigatoriamente brancas.

Ideal para acompanhar pratos de peixe ou carnes brancas, o vinho branco é leve e perfumado.

  • Vinho Tinto

Este tipo de vinho é produzido a partir da fermentação de uvas tintas que permaneceram em contacto com as cascas durante o processo. O vinho tinto varia consoante o envelhecimento, sendo que os mais jovens são suaves e aromáticos, com um gosto mais delicado. Por sua vez, os tintos envelhecidos são mais encorpados, têm um aroma bastante intenso, um fim de boca mais macio e um elevado teor alcoólico.

As carnes vermelhas são o acompanhamento ideal para este tipo de vinho.

  • Vinho Rosé

Para os apreciadores de vinhos mais frescos e suaves, o rosé pode ser a escolha ideal. Este tipo de vinho é produzido a partir de castas tintas, através de um processo especial de fermentação: depois de um curto período, a pele da uva é retirada, pois já transferiu o desejado tom rosado ao vinho. De seguida, acontece um processo de fermentação idêntico ao do vinho branco – sem casca.

  • Vinho Verde

Verde e maduro é uma distinção muito comum quando falamos de vinhos portugueses. Popularmente, é normal fazer-se a diferenciação entre os vinhos verdes, produzidos na região Entre Douro e Minho, e os que são produzidos noutras regiões – os maduros.

  • Vinho Maduro

Fora da região vinícola dos Vinhos Verdes, de onde vem o vinho verde que chega às nossas mesas, o que se produz é vinho maduro. Falamos das regiões do Douro, Dão e Alentejo.

  • Vinhos Espumantes

Este tipo de vinho distingue-se por apresentar uma quantidade significativa de dióxido de carbono. Isto acontece depois de um processo de fermentação secundária que atribui gás ao vinho, ficando o mesmo com a conhecida “bolha”.

Normalmente, estes vinhos têm a sua fase final de fermentação em garrafa, sendo este o método clássico.

Entre os vinhos espumantes distinguimos dois tipos:

Espumante

Proveniente de castas tintas ou brancas, este vinho passa por duas fermentações. A primeira transforma o sumo da uva em vinho e é a chamada fermentação alcoólica. A segunda é a fermentação que dá origem às bolhas e à espuma.

Frisante

Ao contrário do vinho espumante, no frisante o gás é conseguido de forma artificial. O que acontece é que, no momento em que se dá a fermentação alcoólica, introduz-se artificialmente o dióxido de carbono no vinho.

Vinho do Porto

O vinho do Porto apresenta diferentes variações de cor, já que pode ser produzido tanto a partir de castas brancas como tintas. Relativamente ao sabor, dependendo do momento em que se interrompe a fermentação, estes vinhos podem ser muito doces, doces, meio secos ou extrassecos.

Vinho Moscatel

Em Portugal, a zona de Setúbal é bastante famosa pelo seu Moscatel. Este é um vinho muito doce, que exibe um tom dourado e se distingue pelo odor floral e frutado. Existe ainda o Moscatel do Douro, produzido na região de Favaios e Alijó, que provém da casta Moscatel Galego.

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